A natureza humana
Se você parar pra pensar, a história sempre nos mostrou que sempre dependemos uns dos outros para crescer, desde sempre a gente está se juntando a grupos, tribos.
Pulando rapidamente no tempo, hoje temos a internet. Ela tornou essa aproximação e conexão extremamente mais fácil, quebrando as barreiras de localidade.
Através de um clique podemos nos comunicar com qualquer pessoa, ou até mesmo encontrar alguém com interesses similares – coisa que há 50 anos atrás poderia passar uma vida toda sem encontrar.
Só que apesar de estarmos cada vez mais “próximos”, termos todos os meios de comunicação do mundo de forma virtual, nada, absolutamente nada substituirá o olhar humano.
Somos também a geração mais tecnologicamente equipada da historia, e também a mais assombrada por sentimentos de insegurança e solidão…
Por quê?
Porque muitas vezes somos educados a viver a vida onde ela não está.
Metáfora da água
Há uma metáfora onde:
3 peixes estavam nadando em um aquário. 2 indo na direção da esquerda. E um estava indo para direita…
Até que certo momento eles se encontraram, e esse peixe que estava sozinho perguntou aos outros 2:
“eaí pessoal, tudo bem? Como está a água?”
Os outros 2 peixes, o cumprimentaram e continuaram nadando. Até que em dado momento, um perguntou para o outro:
– Água? O que é Água?
Essa é a metáfora de como muitos de nós estamos vivendo a vida, ficamos tão preocupados com futuro que esquecemos de viver o momento.
Presos demais em coisas que já passaram ou coisas que ainda estão por vir – e podem nem chegar.
“A vida não se trata de conhecer novas paisagens, mas de ter novos olhos diante de experiências e dos instantes, que a vida nos proporciona.”
E o que a vida tem para valer a pena?
O professor Clóvis de Barros em uma de suas palestras, nos diz que A resposta de Jesus para essa questão é o que há de mais belo…
“O filé mignon da vida, a vida que de fato vale a pena, é a vida dedicada ao outro.”
E parece que cada vez mais, estamos caminhando para um lado oposto, cada um vive por si, estamos cada vez mais distante do que é de fato a nossa natureza.
A grande necessidade primária humana, é ter esse apoio social.
Você pode testar – quanto dos seus pensamentos envolvem outras pessoas todos os dias?
Logo você percebe que a sua grande prioridade é simplesmente: o contato com o outro.
Para você desfrutar então da vida, pela visão de Jesus (e por suas ações), é permitir que o outro viva melhor do que viveria se você não existisse – Porque isso é uma regra da própria natureza
Os rios não bebem sua própria água, o sol não brilha pra si mesmo.
Então a proposta aqui, é o que o livro “Em busca de nós mesmos” nos ensina: evitar viver a vida como uma viagem – onde você espera o destino chegar e quer que o instante atual acabe logo.
A proposta é viver a vida mais como um passeio, com destino, mas também saboreando e aproveitando o caminho. Se o destino chegar, ótimo. Se não chegar, pelo menos aproveitou o caminho.
Essa é a beleza do momento vivido.
Quando o real ele é tão espetacular, você percebe que não existe passado nem futuro.
Valorize e aproveite os instantes que a vida lhe dá. Eles são únicos e você nunca poderá replicá-los de novo.
A vida é preciosa porque você não pode assistir de novo.
A mensagem hoje é: são as paradas que fazemos ao longo do caminho que constituem as nossas vidas, é a jornada e não o destino, aproveitar o instante vivido é um prazer que ninguém pode tirar de você.