Se o mundo fosse cego, quem você seria?

Esses dias me deparei com uma pergunta que bateu lá no fundo..

Passamos o dia, meses e anos atrás de “coisas” e no meio do caminho deixamos de lado, aquilo que no fundo importa mais: quem de fato és e o que realmente importa.

Não apenas por dentro, não apenas nas palavras, mas nas atitudes, onde a realidade habita.

Portanto, se o mundo fosse cego, onde as aparências não importam mais, quem você seria? que tipo de pessoa você é?

Nobreza e virtudes

É muito fácil falar, e se ouve muito, que dinheiro não é tudo..

E de fato não é, podemos considerá-lo uma ferramenta que pode tornar sua vida mais fácil, mas longe de te trazer a “felicidade”, e isso se comprova de diversas maneiras mas isso não é o objetivo dessa carta.

“Ok, entendi, e também penso assim” mas você age igual a maneira como pensa?

Por exemplo, quantas pessoas também não pensam da mesma forma, mas quando uma herança surge é o primeiro a arrumar briga por ela?

Podemos ir bem longe nessa lista de exemplos, mas a questão aqui é que pensar algo na sua cabeça e agir são coisas completamente diferentes.

Ser paciente isolado em uma caverna ou mosteiro, é muito fácil.

Não há nobreza em ser honesto, paciente, responsável quando não há necessidade de seu exercício.

A questão é:

Quando a situação se apresenta, onde as nuances do mundo te encontra, o estresse e o turbilhão de emoções que você navega todos os dias, e as adversidades te encontram… que te pergunto, você é realmente como pensa ser? Você age conforme aquilo que acredita?

Porquê a moralidade está na ação e não no pensamento, é quando mergulhamos na vida e buscamos estar conscientes em cada área e em cada momento.

Solitários em uma multidão

Nos últimos anos a tecnologia virou uma super aliada para diversas tarefas em nossa vida. A quantidade de facilidades que temos agora seria inacreditável a alguns anos atrás.

Ao mesmo tempo parece que em questão de ser humano, estamos cada vez mais longe. Entendemos cada vez menos de nós mesmos, quase um paradoxo..

Mais conectados porém mais solitários.

Mais informados porém não sabemos o que fazer com isso.

Mais facilidades no mundo externo e muitas dificuldades no mundo interno.

Ficamos tão imersos e perdidos com tantas informações, comparações e distrações para todo lado, que fica difícil apontar o norte. O medo do incerto é muito grande, o medo de errar em um mundo que você abre qualquer rede social e todo mundo parece que só acerta.

E para compensar essa sensação de incerteza, nos perdemos em vícios, compramos coisas para suprir essa ilusão de falta, e tentamos nos tornar alguém que não somos, em um eterno desejo da próxima novidade.

Esse estado traz uma falsa sensação de que está tudo certo, que está tudo em ordem, mas lá no fundo você sabe que ainda falta algo.

Aquele algo que te trará paz mas que você não sabe o que é, porque acostumou-se tanto a ouvir os ruídos de fora, que acredita que ele é material.

A formação de uma identidade forte, convicções e valores. O caminho da virtude.

Se um de seus valores é formar uma família, porque você está se comparando com quem vive a vida como um nômade viajando o mundo?

Entender seus valores e seus objetivos, é também entender o que não faz sentido para você.

Da mesma forma são suas convicções que te permitem caminhar com mais tranquilidade durante as incertezas da vida.

“Aquele que tem um porquê pode suportar quase todos os cosmos”

E esse é um processo de depuração e reflexão constante.

Não é algo que você fala ou pensou rapidamente por agora e simplesmente é, as coisas não funcionam assim.

É definido por um processo de reflexão e ação, o que você acredita e como você vai agir de tal forma.

É pelo rastro de suas atitudes que se encontra o seu caráter

Esqueça respostas prontas

Não existe uma fórmula certa de como você tem que ser.

Cada pessoa tem suas particularidades, gosta de fazer certas coisas. Posso te falar alguns passos, planos e caminhos que pode você seguir, mas sempre você precisará experimentar e decidir o que faz sentido pra você.

Afinal, a história da sua vida tem que ser escrita apenas por ti mesmo, você é quem deve dar sentido.

Tudo isso começa alinhando o que importa pra você, a famosa pergunta do quem você é, não sua profissão, seu status social, mas sua essência enquanto ser humano.

Nossa conduta fora, deverá ser reflexo do nosso ser interior. Você harmoniza dentro para depois harmonizar fora.

Ultimamente perdemos nossa capacidade intuitiva, de refletir e decidir por nós mesmos.

Quando isso acontece, ficamos escravos dos condicionamentos externos.

Os discursos hoje promovem isso, um estilo de vida glamouroso, de luxo e de conquistas materiais, temos tanto contato com isso que fica difícil não cair nessa história.

Mas a verdadeira paz, o sentimento de felicidade, está relacionado a ter propósito no que faz e não no que você pode comprar. São coisas relativamente simples, aquelas que compõe seu dia a dia.

“Pássaros nascidos em uma gaiola pensam que voar é uma doença.”

Se tirar o véu disso que é passageiro, fugaz, efêmero, o que sobra?

Não posso definir o que é importante pra você, apenas posso provocar você a pensar sobre e a partir disso tomar suas decisões. Pense um pouco, sobre o que é importante.

Se tirarmos todos esses desejos, sentimentos de falta de algo fora… SE o mundo fosse cego, quem você seria?

Meditação da Semana

”O privilégio de uma vida é tornar-se quem você realmente é.

Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.”

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